quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Há Quanto Tempo?

Há quanto tempo não beijas
debaixo de fogo cruzado?
Há quanto tempo te fechas
enquanto a vida te passa ao lado?

Diz-me há quanto tempo abdicas
do que é teu e só teu por direito torto.
Se por aqui desertas e não te ficas
tanto me faz perecer vivo ou parecer morto.

Há quanto tempo não me abraças
debaixo de água, debaixo de oxigénio?
Tão sobejas são as vezes em que amassas
o meu coração neste segundo milénio.

Há quanto tempo a saudade
te deixa paciente, mas frustrada?
Distância é um crime de tão soberba vaidade,
que pouco se importa se foste morta ou matada.

Estamos há quanto tempo a conjeturar,
a fazer esboços de erros de projeção?
A aventura só será próspera e para durar
se henquerermos as emoções invés da razão.

«jd»

Sem comentários:

Enviar um comentário