quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lídia

Amar-te, Lídia, é ter saudades
num tempo inteiro,
é sentir a distância
num seco metro certeiro.
É viver conformado
com as incongruências.
É ser-te amado
nas experiências.

Amar, sem te decifrar,
é o caminho fácil
quando somente jogo
num ameno antecipar.

Vamos ser todos e tudo
o que nos prometemos ser.
A vida sonhou-nos Lídia,
na posse brutal do poder.

As coisas corretas não resultam
porque decorrem num tempo
errado de pervesão.
Esperemos pela altura
que o sonho assuma
uma fresca premonição.

E agora que em ti tropecei,
aufiro que o meu
coração é afortunado,
pois nunca antes
(ou jamais serei)
almaneira tão amado.

A forma mais sublime
de calar uma alma
é beijando-a
sem recorrer à voz.
Oscula-me a alma:
e que a eternidade
tome conta de nós.

«jd»

1 comentário:

  1. Parabéns, parabéns! Escreves lindamente. Se um dia fores escritor - rezo para que sim - vou ler todos os teus livros. Adoro cada verso dos teus poemas, cada linha dos teus textos. Torço muito para que a tua história de amor continue a ser tão bonita como foi até agora e se perpetue. Obrigada por me teres permitido ler as tuas sábias e doces palavras. Não cesses de mo permitir.

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