Estaria bem estacionado a mentir
pelos cantos castanhos do planeta.
Faria com que o Cem ficasse de partir,
para uma terra longe da minha caneta.
O coração bombeia a essa velocidade,
ganhando a corrida ao cérebro desajuizado,
porque a razão perde sempre na partida da saudade
por olhar para trás e ver o historial quebrado.
Queria a casa que é tua, a mansão,
queria o ninho que é nosso por direito.
Chorava e rogava por uma palavra de compreensão,
pelo queixo no ombro e pela mão no peito.
A pornografia que é viver tornou-se pesada;
Na inércia foi difícil de digerir os conflitos
- eu nunca fui de apostar na ação inativada -
por isso liguei-me ao mundo dos poetas constritos.
Outrora quando éramos mestres da noite e da lua
vivíamos em terras desligadas por gravidades e mares,
eu estendido na minha praia e tu na areia que era tua
e dizias-me ao paladar do vento: "começa sempre como acabares".
Amor, eu comecei como terminei
e jurei isso nunca mais começar,
porque depois do que planeei
acabei por extraviar o teu apaixonar.
Vai saltando para as minhas costas,
enquanto tiver mundos novos para te mostrar.
Quando o tu-criança surgir nas apostas,
esconde a versão-mulher porque pode perturbar.
Nunca quis nada senão partilhar a mesma margem,
mas vivia na brisa sombra da tua escuridão.
Trato a metamorfose com o respeito pela sua imagem:
"Longe da vista, longe do coração".
«jd»
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