A pesquisa dá inicio à procura. Procuramos sonhos quebrados, terras escondidas, casas inflamadas e causas perdidas. Procuramos monstros encantados, fadas mutiladas. Remexemos baús com memórias açucaradas, com variadas infâncias mascaradas. O homem engravatado surge aos olhos da criança. A mulher de buço novo abraça-te com confiança. A varicela não te mata, apenas reveste. O vento não te adoece, é só um protótipo de peste. Brinca com as palavras. Junta os cubos. Forma simpatias, sublimes sinfonias! Sê mais de ti. Não és um software estragado. Excede-te, vicia-te. Procura o amargo, evita o doce. Odeias o espargo, energia precoce.
Planeamos um futuro equacionado na razão dum passado injuriado. Somos obrigados a presentear o presente com a força de querer viver sempre um pouquinho mais. Pouco mais devemos vogar senão pela congratulação da dádiva que é viver.
Viver é o dom.
«jd»
este texto está qualquer coisa de espetacular João, até já partilhei um excerto dele no meu facebook ;)
ResponderEliminarPropuseram-me a prosa rítmica. Cedi um pouco ao início, porque estou muito agarrado à droga do verso, mas por fim resolvi experimentar. É um texto simples, bem comum, de incentivo à vida. Fico contente pela exposição no facebook, até porque foi lá que esta minha artéria de pseudo-escrevente começou. Obrigado por partilhares. :)
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