A poesia faz-te sentir falhado
e as baladas supõem-te um bom mal amado?
As marés escondem-te sem fé de afogado
ou como sem abrigo sobrevivendo no eirado?
Vá lá, deixa-te de perdões
deves bem mais do que exiges dos outros.
E esses outros não te cobram favores divinos,
nem moedas de prata lançadas
à estratosfera dos desnudos destinos.
A boa integridade e a decência
são sempre admirados pelos olhares
perversos e com volumosa demência.
Isto explica o vácuo duma paupérrima gentalha
que não é habilidosa o suficiente para ter
visão descolada do soberano provido de medalha.
«jd»
Sem comentários:
Enviar um comentário