domingo, 24 de junho de 2012

Pausa na Apara

Quando alguém te faz triste,
há imediatamente outro que te faz feliz;
essa é a vasta base da suave matriz.

E quando alguém não te faz feliz,
chora por agora, deita cá para fora,
viaja sobre velhas rotas de Leão ou Paris.

Embora não gostes das cidades ou até da região,
lembra que toda a sorte do mundo não se limita
a esperar pelo fortúnio do algoritmo dum cartão.

É, desse modo e sobre um eixo de criatividade
tão impingida pela grosseira força do pensar,
que suspiro pelas minhas boas ações racionadas
que todos decidiram de tal maneira sobrevalorizar.

Explora a ausência de integridade que arde em mim,
mas não acredites nem no valor, nem tão pouco no odor
da velha herdade pelo capataz perdida num território de jasmim.

Há sempre um momento especial, uma pausa, uma quebra na apara,
há uma pitada qualquer que corre desafogadamente pelo fundo da mata,
que tal não pára porquanto o coração dispara,
por tanto bater ritmadamente ao paladar da lendária serenata.

«jd»

Sem comentários:

Enviar um comentário