O que é amar, se não sei amar?
Onde desencaixa o coração?
Como saber o que é explodir por dentro,
sem sequer eu saber onde é o seu centro?
Questões, malditas indagações!
Bárbaras e extenuantes equações
sem repugnantes funções relativas.
Quais minúsculas indecisões nocivas?
Dou possantes voltas e voltas à corda
que suspende o meu explosivo respirar,
aguardando a ofegante e eloquente falta de ar.
Cordas que me trespassam tanto peito, como gargalo.
Amarras que não permitem qualquer abrasiva margem de fuga
por uma boémia vida vivida sem anuência a um modesto intervalo.
Mas se eu não sei sequer amar,
quem sou eu senão um enfezado túrbido?
«jd»
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