terça-feira, 18 de junho de 2013

Estéril Apaixonado

Não sei como nem onde,
não conheço a razão,
nem tão pouco o espanto.
Só sei que há sempre
um pasmo de admiração,
quando da mesma ferida me levanto.

Souberam os ventos
a fortuna que pude ter-te sido.
Mas o amor que te tinha zarpou,
forçando-me a ser-te mais um vencido.

Já nem sei ao que se referem
quando me alcunham
de estéril apaixonado.
Perdi o conceito algures.
Agora não sei dele.
Sei que já estive apaixonado,
danado, por alguém ou por algo.

«jd»

4 comentários:

  1. Respostas
    1. É bom desabafar sabendo que há quem os leia.
      Obrigado Ariel.

      Eliminar
    2. Não sei explicar, mas sabe-me mesmo bem ler o que escreves, acontece o mesmo com a ana, cada texto vosso é algo único, adoro simplesmente.. .
      A forma como vocês conhecem e tratam as palavras é sem dúvida espetacular!
      Parabéns :)

      Eliminar
    3. A verdadeira habilidade é conseguir pensar. Pôr no papel é simples. Já tive a oportunidade de ler palavras tuas que não fariam sentido nenhum se não tivessem um processo de pensamento e de construção por trás. Tu também és uma boa "escrevente", como diria o meu grande ídolo Pedro Chagas Freitas.
      Todos nós temos um escrevente que devemos soltar, como se fosse uma fera enjaulada.
      Eu tenho deixado a minha em cativeiro, sugiro que também soltes a tua, porque também tens muito jeito para partilhar ideias. :)

      Eliminar