Fotografo um cume que está repleto de cores e formas rurais e naturais, de girassóis sincronizados, de vegetação tão verde que parece que nunca foi bravada; que sempre ali esteve, desde sempre. Mas o céu, o céu quase azul e quase branco, quase que me transporta para o próprio ambiente visionado. Transporta-me por dentro de um trilho de terra grudado à esquerda dos girassóis, onde passa qualquer “rebanho” e qualquer criança. Conduz-me porque me capta a atenção e seduz-me os sentidos, sem nunca os baralhar. Cria em mim uma dualidade de pensamento: primeiro permite-me ter um imenso prazer e um gigante desejo de fazer parte da paisagem e de a viver, mas em contrapartida sinto que não me é correto personificar ainda mais a imagem, porque se eu fosse um outro elemento daquele cenário, provavelmente estaria, embora irracionalmente, a impor o genótipo da minha “mão humana”.
Toda a paisagem é etérea porque só tem mão da Natureza. É sublime porque, quer eu
olhe “para a direita ou para a esquerda” ou para trás “de vez em quando”, serei sempre domado pela
força dos girassóis e pela pureza dos céus. É perfeita por ser primaveril.
Ressalvo que este é, na minha humilde perspetiva, um poder de difícil ou até inexistente descrição.
Ressalvo que este é, na minha humilde perspetiva, um poder de difícil ou até inexistente descrição.
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