segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Anuição Soberana

Sou cético. A verdade é minha.
Creio só e tão pouco na minha frieza.
Vivo aquém da demais riqueza
e bem além de menos pobreza.
Nada, além de mim, jaz por funcionar.
O circulo planetário insiste em nunca me acatar.
Somos o testemunho do que nunca conhecemos,
e somos a cara metade do amor por quem ardemos.
O pulmão nem sempre cumpre a sua função,
metamorfoseando-me num ser sem convicção.
Eu debuto-me a atingir a encarnada linha
escondendo-me num quartel sem adivinha.
Sou filho de Deus.
Mas de que Deus eu sou neto?
Eu quem amo, realmente amo. Mas amo quem?
Amo-te que lês, amo-te por três.
Sou amante, vibrante, fulgurante
total e totalmente apaixonante.
Mas sou cético. E assim ninguém me quer.
Vivemos do zero, mas aplicamos-nos o auge de austero?
Lá porque a verdade é do meu domínio,
desde quando fiz disso um desafio?
Isto são perguntas a ninguém,
porque sou cético. A verdade é minha.

«jd»

Sem comentários:

Enviar um comentário