segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Universo

O inicio e o fim, a criação e a destruição, o criador e o destruidor, a Génese e o Apocalipse. A paixão nasce com o Alfa, mas não tem de ir até ao Ómega. A paixão não precisa de acabar só porque começou. Deixemos a nossa vida, que é finitamente esplendorosa, acabar. E nem o fim da vida significa o fim da paixão. A paixão continuará a vaguear como um múltiplo comprimento de onda, a paixão será rápida e poderosa como duas partículas de fotões. Resistirá a temperaturas e a variações de radiação. A paixão nasceu com o nascimento do universo. Brotou, aliado ao espaço e ao tempo. Proveio do nada. Expandiu-se para nos englobar. A paixão faz parte do Big Bang, mas não terá de chegar ao Big Freeze. A paixão não diz não, nem tão pouco diz nem. A paixão nasceu com a saudade do beijo, com a imortalidade da imagem facial, com o teu angelical toque. Vive e não morras em mim. Vive para a eternidade. Sê superior ao Criador, ao Senhor, ao Deus. Vive além de mim, para que me possas proteger sempre. Sê a minha gravidade, para que eu nunca me separe de ti; sê a minha força eletromagnética, protege-me das telepatias alheias; sê a minha força forte e a minha força fraca. Sê mais que deusa, sê toda a minha natureza.

«jd», dedico à minha Patrícia.

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