segunda-feira, 22 de julho de 2013

Algures entre o Crepúsculo e o Amanhecer

Sei que jazes apaixonada nos céus do amanhã
com a viva esperança que o amanhã
desperte da realidade a qualquer momento.
A ternura é um esmo sobremaneira calculado
numa gentil réplica acordada sem assento.

Juntos de tal maneira longe, não vemos o sol a adormecer
na esquina cortada do prédio da frente,
mas notamos (todas as noites) que o sol
se ergue para nós no seu irrestrito absorvente.

As noites são-nos mais longas que os dias,
porque amarga claridade tem menos para contar
que as doces noitadas deste nosso enternecer.
Meu amor, quando matarmos estas saudades,
que seja algures entre o crepúsculo e o amanhecer.

«jd»

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