quarta-feira, 25 de abril de 2012

Fisiognomonia

São múltiplos jardins de silêncio ensurdecedor,
luto sobre esgrima malhada contra nobre meu interior.
Pois então colido frontalmente com a miúda do alfarrábio,
atrapalhado então, adivinhando o nome e investigando-lhe o lábio.

Todavia agora trocamos carícias e delícias até,
vemos passar as horas do senhor relógio
ao sabor de um poema, ou inclusive de um bom café,
horas infinitas porque o apimentado tempo
promete impremeditadamente por nós não passar.

Chocolate amargo sob a tua epiderme,
és adrenalina minha, és tudo o faz, tudo o que treme.
Estou nu de encantos pela apreçada rapariga
do cabelo cor de trigo e do vestido verde-jáde,
ausento-me dos meus vastos complexos de animalidade
e transformo este descortês ser num dócil humano de amor em cantiga.

Hoje empenho e trato da ferida
para amanhã voltar ao combate.
A rixa é torturante, fisiocrata e desmedida
o trocadilho de olhares dispõe-se num desempate.

Sei-te os laços e cansaços da vida
pela pétala de rosto que tão bem te topo.
Embarcaremos no aventureiro avião
do ardente e enchente Absinto no copo.

«jd»

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