Sabes que faria tudo, quase tudo.
Faria tudo e teria tudo
para te ter um pouco de nada.
Resgarda-te-ia do vento,
num agarrar suave e lento.
Protegeria a tua pele de prata
com um qualquer
genuíno ouro de sol.
Limparia-te as olheiras matinais
enquanto te arrumaria as tuas tristes
memórias no barco estacionado no cais.
Comeria-te as remelas
caídas pelo chorar noturno.
Auscultaria-te as vísceras,
procurando sons de saturno.
Choraria do teu riso,
ombro junto ao ombro
e rir-me-ia do teu chorar.
Viveriamos fixados um no outro,
e unidos averiguariamos
a perfeita forma de amar.
É a carta que um dia te escreverei.
Quando fosses minha eu saberei?
«jd»
Sem comentários:
Enviar um comentário