Ter-te-ia de baixo do meu braço e ombro,
de cabeça pouco ou nada erguida
à margem dum velho escombro.
Olha pensa em tudo, mas se dúvidas amontoas
confessa os teus intelectuais crimes
mas depreende que muito me magoas
com esses teus falsos estados sublimes.
Nédia e solta, de cabelos largos e largados
num regime insustentável de simples beleza,
heis que surges tu efeitiçando oxigénios usados
no fundo da furtada avenida portuguesa.
Oxidas ferros, ferrando homens pela tua travada travessia
e emanas magnésios com uma elegante monotomia.
Mas olha que eu atormento-me de agonia
pela capacidade que me tens de pontaria.
Um dia sim, direi a todos que te amo.
Falarei das noites em que sem parar te sonho,
e que minha deusa te reclamo e proclamo.
Vivemos vidas em universos paralelos,
eu sobrevivo humildemente com meu pão de trigo
e tu com riqueza de teus romanescos castelos.
A impossibilidade que nos fixa um ao outro,
nada mais é que um renascimento de um mutante poldro,
que regressa a um mundo onde a submissão à demais escuridão,
nada animam um desanimado homem fraco de paixão e emoção.
«jd»
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