Vou esconder a mão
atrás do sol
quando o sol se esconder
atrás da montanha.
E tal como o sol,
também eu vou dormir
um sono profundo
e este sonho que me banha.
Sou melhor que tudo,
e esse meu tudo
é melhor que não nada.
Sou-te sobretudo
nobre, pobre e mudo,
nesta paixão sensual e falhada.
Não vês que és de nós
a mais muda e impassível?
Não vês que é agora que tens
de mudar se te for possível?
Não vês que és assim? Assim
como nunca quis ó minha paixão.
Não vês que isto nos deixa sozinhos,
presos a um revés de grande dimensão?
Premeias o amor pois és o amor,
és todas as suas características:
virtude, defeito, textura e cor.
És todas essas estatísticas
e eu por aqui restrito, tão teu leitor.
Tão teu leitor.
«jd»
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