O teclado da vida
desperta do sonho.
As luzes da minha vila
dizem que tudo é medonho.
No horizonte vejo a hora a adiantar-se,
como uma hora sazonal perdida na terra.
A passada larga do Inverno induz
que esta paixão é loucura que se me berra.
Vejo-te dançar nos meus olhos
à distância dos meus braços,
confundindo a dinastia e dimensão
que te separa dos meus espaços.
Onde acabaram os projetos,
começaram as revelações.
Quando terminaram as iniciativas,
inauguraram-se as repercussões.
Eu não sabia o que se nos esperava
até atentar aos futuros que nos separavam,
porque nunca fui de arriscar o afeto da amizade
em prol de bens que certamente nos abalroavam.
Então vivo nesse tão meu medo profundo
de calcar erroneamente uma calçada sinuosa.
Não vou disparar a arma de fogo ao ar, sob o risco
de destruir o oxigénio de uma amizade tão primorosa.
«jd»
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